sábado, 9 de fevereiro de 2008

UFA . . .

. . . terminei de ler a Torre Negra de Stephen King (SK).

Nesta série SK conta a história (ou parte da história) de Roland Deschain. Um Pistoleiro que tem por objetivo alcançar a Torre Negra que é, ou poderíamos chamar de, ponto central do espaço x tempo dos diversos mundos e universos propostos por ele (eheheheheheh).

A Torre Negra é uma série de 7 livros, são mais de 4000 páginas, que levou mais de 30 anos para ser concluída. SK começou a escreve-la após a leitura de "O Senhor dos Anéis" quando tinha 19 anos. Ele se inspira no poema "Childe Roland à Torre Negra Chegou" de Robert Browning.

Os Livros

O Pistoleiro


"Homem de Preto fugia pelo deserto e o Pistoleiro ia atrás". Assim começa O Pistoleiro, o primeiro livro da saga, nele somos apresentados a Roland o último pistoleiro do mundo médio extremamente habilidoso, frio e determinado em sua jornada pelo deserto atrás do Homem de Preto. SK apresenta uma pequena parte da história de Roland e como, foi o seu treinamento e como se tornou um pistoleiro.

Somos apresentados ao simpático Jake Chambers e conhecemos um pouco dos perígos do Mundo médio. Este livro apresenta a busca e deixa claro a necessidade de Roland em encontrar a Torre Negra.

A Escolha dos Três

É o segundo livro da série que apresenta três personagens que podem acompanhar Roland em sua caminhada rumo a Torre. Um viciado em drogas, uma negra sem parte das pernas e um homem de negócios.


Este livro tem altos e baixos a parte do drogado é alto, a parte da mulher negra é bem enrolada. A parte do homem de negócios é bem legal. Saldo positivo.

As terras devastadas

Grupo está reunido e ciente da aventura que os aguarda e deve encontar o caminho para a Torre. Para isto eles encontram um dos "Caminhos dos Feixes de Luz". Seguem este caminho. Durante a caminhada, Roland inicia o processo de treinamento dos seus companheiros e completa o grupo (ou Ka-tet) que caminhará com ele até a Torre Negra.



SK nos mostra a importância que um Pistoleiro tinha no Mundo Médio e nos conduz a uma grande aventura na Cidade de Lud, onde os amigos de Roland tem sua primeira prova como Pistoleiros.

Roland e seus amigos encontram um Mono-Trilho e seguem viagem até Topeka Kansas. Na realidade, estão em uma armadilha!

Mago e Vidro

Começa com a armadilha deixada em "As terras Devastadas". A maior e principal parte do livro apresenta a primeira missão de Roland e seu primeiro Ka-tet (grupo de pessoas com um objetivo comum) em Mejis.


É uma trama muito bem bolada (e que muitas pessoas associam ao filme "Sete Homens e um destino."), e alguns grandes vilões se mostram de fato neste ponto da história.

Roland descobre o amor e tem sua qualidade de líder posta à prova. No fim do livro, exite outro encontro com o "Homem de preto" e este os coloca à beira do Fim do Mundo (neste caso é um local que existe de fato).

Embora a trama seja boa, tem muita coisa desnecessária na história de Mejis, entretanto é boa leitura.

Lobos de Calla

Aqui é o começo do fim. E tomamos conhecimento do que realmente está acontecendo na Torre, ou melhor com os Feixes que a sustentam. Os planos do Rei Rubro são desvendados. Roland e seus companheiros descobre um representação da Torre no nosso mundo, uma rosa, e tomam conhecimento que ela corre perígo e precisam proteje-la ao mesmo tempo, os habitantes das Callas estão prestes a receber a visita dos lobos. Homens que de tempos em tempos chegam à cidade e levam parte das crianças com eles, roubando a alegria da tão simpática cidade de Calla.


O que eles devem fazer? Proteger a Cidade ou proteger a Rosa? Não dá prá fazer as duas coisas ao mesmo tempo e por falar nisto o tempo está meio louco no mundo de Roland, isto se dá por causa dos ataques do "Rei Rubro" (principal vilão da história) aos feixes de luz. A trama é boa e o tiroteio é bom também. A observação quanto ao tamanho da história de Mejis se aplica aqui também (principalmente na história do padre Calaham - desnecessário).

Canção de Susannah


Se passa quase que totalmente no nosso mundo, e trata da chegada/aparição do filho natural de Roland. Também mostra a estratégia utilizada pelo Ka-tet de Roland para proteger a rosa no Mundo-Chave. É um livro sucinto (perto dos outros) e com alguns bons tiroteios. Este livro tem a principal função de preparar o leitor para o Grand-finale ...

A Torre Negra

Livro que fecha a série. Tem vários tiroteios, escaramuças e vai num ritmo alucinante até certo ponto a partir daí ele relata enfadonhamente o fim da caminhada de Roland até a Torre Negra.


O primeiro fim é rasoável.

O prólogo melhora bem o fim.

E o verdadeiro fim é surpreendente. Ka!


Minha opinião sobre a obra

É uma obra imensa apresenta momentos de brilhantismo, possui histórias maravilhosas e bem contadas, mas tem muita coisa desnecessária dava prá cortar a série pela metade (em quantidade de texto) sem que perdessemos o entendimento da mesma. Sabemos que a vontade de SK era escrever uma história grande, mas eu acho que esta ficou grande demais para o conteúdo apresentado. Muitas vezes você não consegue largar o livro e outras vezes é necessaria grande força de vontade para continuar a lê-lo. A série é muito boa, a final de contas, ninguém lê uma série de 7 livros e 4000 páginas apenas por curiosidade, ela tem que ser boa suficiente para te prender, e esta é. Entretanto ...

Na minha opinião faltam uns tiroteios, já que são os pontos altos dos livros, e aí vem o problema, se você leu Bernard Cornwell, Frank Peretti e principalmente Conn Iggulden descrevendo uma batalha, não se impressionará com SK descrevendo uma escaramuça ou um tiroteio, algumas vezes ele não coloca o leitor no ponto de vista correto nestas situações. Os tiroteios são bons, não excelentes, falta alguma coisa, talvez a frase de "Lobos de Calla": "Primeiro vem os sorrisos, depois as mentiras e finalmente o tiroteio!", explique, acho que ele investe muito tempo nos sorrisos e nas mentiras (o que é importante para a trama) sobrando pouca coisa para o tiroteio (que prende alguns [?] de nós).

Tenho a impressão que SK sabia por onde a história caminharia até "As terras devastadas." a partir daí acho que ele perde o controle da mesma. "Mago e Vidro" é um livro necessários para esclarecimento do comportamento do Pistoleiro e do que realmente estava acontecendo na história. Em "Lobos de Calla" a coisa fica feia ele tem a história central e conta mais três ou quatro histórias desnecessárias à Torre, talvez para imprimir à serie sua marca registrada (terror - eheheheheheh!).

Existem na trama alguns personagens que considero apelativos e acho que se ele escrevesse os livros 4,5,6 e 7 na sequencia, ou seja em poucos meses ou anos, não entrariam na história (sai King, Mordred, Patrick, Dandelo etc) ele contaria a mesma história? Sim, mas as soluções encontradas para os problemas da mesma seriam outros.

O fim é ... bem é o fim. Tinha que acabar de alguma forma, então ele escolheu uma e neste caso concordo com ele, o fim não é o mais importante desta história e sim o caminho que levou a ele. Mas tanto Roland quanto SK cançado no fim (parece que ele se encheu da Torre), é claro que foi uma tarefa árdua escrever estes livros, mas (como eu sempre digo a respeito dos finais de Dan Brown) podia caprichar um pouco mais.

Hoje não colocaria esta série entre as de leitura obrigatória (como O Imperador!) mas aconselho fortemente àqueles que leem com facilidade a darem uma olhada carinhosa nele.

É um bom divertimento afinal.

Longos Dias e Belas noites!

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